quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Tectoy Historia

A Tectoy foi fundada no dia 18 de setembro de 1987 no bairro da Água Branca em São Paulo pelo engenheiro argentino Daniel Efraim Dazcal, com a finalidade de desenvolver e produzir brinquedos de alta tecnologia, um ramo até então pouco explorado no mercado brasileiro. A empresa afaga rapidamente o negócio e transforma-se na representante exclusiva da Sega (grande empresa japonesa do mercado de videogames) no país. O seu primeiro produto era uma pistola infravermelha, baseada no Anime Zillion, exibido pela TV Globo nos anos 80, que funcionava como um paintball eletrônico, já que, além da pistola, havia um receptor para ser colocado no corpo do "jogador" que respondia com som e luz caso fosse atingido. O anime depois também tornou-se um jogo do tipo side-scrolling para o Sega Master System, que também foi lançado no Brasil pela Tectoy. A empresa foi a fabricante exclusiva no país de todos os consoles da Sega lançados no ocidente, do Master System ao Dreamcast (lançando o primeiro em 1989, o Mega Drive em 1990, o Game Gear, primeiro console portátil programável fabricado no Brasil, em 1991, o Saturn em 1995 e o Dreamcast em 1999). Em 1998, a empresa torna sua produção exclusivamente voltada ao mercado dos videogames.

Com a Tectoy, a Sega teve uma vantagem enorme sobre a rival Nintendo no mercado brasileiro. Embora haja incontáveis clones do NES no Brasil, a Nintendo não teve nenhum representante oficial até 1993. Desta maneira, o Master System era um sucesso no país, e a própria Tectoy fez versões do console exclusivas para o mercado brasileiro. Na primeira metade da década de 1990, a Tectoy chegou a possuir 80% do mercado brasileiro de videogames.

A Tectoy traduziu diversos jogos para o idioma português. Suas traduções incluem Phantasy Star (Master System), Phantasy Star II, Phantasy Star III, Shining in the Darkness (Mega Drive), e Riven (que teve também vozes dubladas, Saturn).

Além disso, vários jogos que no exterior estavam disponíveis apenas para o Game Gear foram convertidos para o Master System, como Baku Baku Animal, Sonic Blast e Virtua Fighter Animation, entre outros.

Modificou também alguns jogos para substituir os personagens com as licenças locais, de modo que Teddy Boy se transformou em Geraldinho, alguns títulos da série Wonder Boy transformaram-se em jogos da Turma da Mônica, e Ghost House tornou-se O Chapolin Colorado.

A Tectoy também foi responsável pelo desenvolvimento completo de vários jogos, entre eles Street Fighter II - versão feita para o console Master System sob licença da Capcom -, Duke Nukem 3D e Pica-Pau - para o Sega Mega Drive. Recentemente, a empresa desenvolveu uma versão do jogo televisivo Show do Milhão para o console Sega Mega Drive.

Sob o selo Tec Toy Multimedia, distribuiu, durante parte da década de 1990, jogos para PC no mercado brasileiro, dentre eles Blade Runner e StarCraft, além de games da Sega, como Daytona USA.

Antes mesmo que o Dreamcast saísse de linha e a Sega deixasse de produzir consoles, a Tectoy percebeu que a sua sócia de longa data não andava bem no mercado e decidiu desfocalizar-se do mercado de video games e ampliar seu campo de atuação para outros meios de entretenimento doméstico. Desde 2000, desenvolve e fabrica não só videogames, mas também outros produtos, como dispositivos de karaokê, DVD players e MP3 players. Além disso, a empresa é responsável, através da Level Up!, à qual é associada, pelo MMORPG Ragnarök Online, além de outros jogos online, no Brasil. Contudo, ainda fabrica alguns consoles antigos da Sega, especialmente variantes do Master System e do Mega Drive com dúzias de jogos internos.

Além dos videogames, o brinquedo o mais bem sucedido da Tectoy é o Pense Bem. O brinquedo consiste em um dispositivo que faz perguntas sobre vários temas, como história, geografia e matemática. Em seguida, o usuário aperta a tecla que representa a alternativa que ele crê que seja a correta e, na seqüencia, o brinquedo informa se a resposta está certa ou não. Algumas versões do Pense Bem contam com personagens famosos inclusos, como Turma da Mônica, Sonic e o Pato Donald.

Em julho de 2005, é estabelecida a divisão Tectoy Mobile, destinada à publicação de games para celulares (telemóveis). A empresa também desenvolve jogos para celulares, usando, sob licença, franquias como Sonic, Indiana Jones e Double Dragon, através de sua divisão Tectoy Digital, sediada na cidade de Campinas.

Jogos produzidos pela empresa
Master System

* 20 em 1
* Castelo Rá-Tim-Bum
* Chapolim x Drácula: Um duelo assustador
* Férias Frustradas do Pica-Pau
* FIFA Soccer (sob licença da EA)
* Geraldinho
* Mônica no Castelo do Dragão
* Mortal Kombat 3 (sob licença da Midway Games)
* Sapo Xulé: o Mestre do Kung Fu
* Sapo Xulé S.O.S. Lagoa Poluída
* Sapo Xulé vs. Os Invasores do Brejo
* Sítio do Pica-Pau Amarelo
* Sonic Blast (sob licença da Sega)
* Street Fighter 2 (sob licença da Capcom)
* Turma da Mônica em: O Resgate
* TV Colosso
* Virtua Fighter Animation (sob licença da Sega)

Sega Mega Drive

* Duke Nukem 3D
* Férias Frustradas do Pica-Pau
* Show do Milhão
* Show do Milhão Volume 2
* Turma da Mônica na Terra dos Monstros

Celulares

* 5-3-3: São Paulo Futebol Clube
* Liga Tectoy das Américas
* Mind Match

Novidade da Tectoy

De acordo com um post do fórum de games Outerspace, a novidade da Tectoy se chama Zeebo. E fotos do console e o manual de instruções pelo jeito já vazaram. Aparentemente, o Zeebo ficará conectado por uma rede sem fio chamada “ZeeboNet”, que deve ser uma conexão 3G (Claro, talvez?) . Como o console não tem entrada pra DVD nem cartuchos (somente uma porta USB), todos os jogos devem vir por essa rede. Imagino que isso seja uma jogada para tentar segurar os piratas de plantão. Parece inteligente. Você compra o jogo, instala no seu HD e pronto. Um dos jogos que aparentemente vêm na memória é uma versão do Fifa 2008. Mais informações em breve.

Tectoy apresenta Zeebo, "o videogame dos países emergentes"

FERNANDO ANTUNES
colaboração para a Folha Online

Atualizada às 13h45


A empresa brasileira Tectoy apresentou nesta quarta-feira (12) o seu videogame Zeebo, que está previsto chegar às prateleiras do país em julho de 2009. Ele será produzido na fábrica da Tectoy em Manaus. Em seguida, será oferecido para licenciamento em outros países, sobretudo nos mercados emergentes.

"O Zeebo é voltado para a classe média, que entende de consoles de última geração que, para eles, ainda são inacessíveis", afirmou o diretor-presidente da Tec Toy, Fernando Fischer.

A plataforma aposta no fim da mídia física: todos seus jogos são armazenados na memória do console e disponibilizados a partir de downloads feitos pela rede ZeeboNet3G.

Divulgação
Nova plataforma da Tectoy, o videogame Zeebo não precisa de mídias físicas para comercializar os seus jogos eletrônicos
Nova plataforma da Tectoy, o videogame Zeebo não precisa de mídias físicas para comercializar os seus jogos eletrônicos

Segundo a TecToy, que fechou parceria com a Claro para disponibilizar a rede 3G somente para dados, o usuário sempre estará conectado a rede wireless e não pagará nada por isso. Os custos serão a compra do console, pelo preço divulgado hoje de R$ 599, e dos jogos, que vão variar entre R$ 10 e R$ 30, dependendo se for catálogo ou lançamento.

Deste modo, a companhia espera evitar a pirataria, já que os jogos originais, em tese, não poderão ser gravados ou transferidos para outros equipamentos ou mídias.

O desenvolvimento do novo console é uma parceria com 12 empresas no mundo, sendo que a principal delas é a norte-americana Qualcomm, que detém 43% da Tectoy nos Estados Unidos e passará a se chamar Zeebo Inc. --os outros 57% pertencem ao grupo brasileiro.

Segundo Fischer, o Zeebo já consumiu cerca de R$ 17 milhões em investimentos, sendo R$ 5 milhões de capital próprio da Tectoy brasileira e outros R$ 12 milhões da Qualcomm.

De acordo com a empresa, o nome Zeebo foi escolhido entre 70 opções e por não existir registro da marca em outros países. "É uma marca que não significa absolutamente nada em lugar nenhum", disse o diretor-presidente da empresa.

Games

No Brasil, o Zeebo será lançado com seis jogos instalados --dois jogos da EA (Eletronic Arts) (corrida e futebol), Action Hero 3D, Treino Cerebral, Prey Evil e Quake, todos em português. Além desses títulos, o catálogo inicial do Zeebo conta com mais de dez jogos, todos desenvolvidos para essa plataforma. Até o fim de 2009 a previsão da Tectoy é que a quantidade de títulos chega a 51 jogos.

A empresa conta com a parceria de grandes empresas desenvolvedoras de games no mundo, como a EA, Namco, Capcom, Sega, Activision e ID. Está previsto também para o ano que vem o lançamento do "Acelerômetro", acessório parecido com o Wii Remote, da Nintendo.

Qualidade

O jogo utilizado pela Tectoy na apresentação de hoje foi o Quake, lançado na década passada. Os gráficos e a forma de jogar não impressionam e sequer chegam próximo aos últimos lançamentos no mercado mundial de games.

Por isso mesmo, o diretor-presidente da Tectoy se apressou em reafirmar que o Zeebo não é voltado para os "gamers" de última geração, mas para a classe média que não tem acesso aos consoles de marcas como Sony, Nintendo ou Microsoft. "O Quake é um jogo antigo para nós, mas novo para o nosso público alvo", disse um dos desenvolvedores da empresa.

Segundo a Tec Toy, a parte de visualização gráfica do game chegará "bem próximo" ao que existe hoje no PS2. Questionado sobre o preço do Zeebo, Fischer tergiversou, dizendo que a empresa irá apelar para a comunicação, distribuição e legalização dos produtos com a sua marca no país.


Divulgação
Tectoy anunciou hoje o lançamento do Zeebo, sua plataforma de videogame para países emergentes
Tectoy anunciou hoje o lançamento do Zeebo, sua plataforma de videogame para países emergente

Game da série "Lost" chega ao Brasil neste mês

da Folha Online

Chega ainda neste mês ao Brasil o jogo baseado no "Lost", série televisiva de grande sucesso nos últimos anos. Entre as atrações do jogo estão os conhecidos personagens da série além de diversos ingredientes presentes na ilha misteriosa.
No game, batizado de "Lost: Via Domus", o jogador tomará o papel de um dos sobrevivente do vôo 815 da Oceanic Airlines e terá que confrontar um passado sombrio, buscar redenção e, por fim, achar um caminho para casa.

A empresa trabalhou em conjunto com os estúdios ABC e os produtores da série para criar uma história com o mesmos ingredientes do que os fãs assistem na TV.

O game foi desenvolvido pelo Ubisoft Montreal Studio e estará disponível no país para Playstation 3 e Xbox 360. A Synergex distribuirá o jogo no Brasil.

Aparelho de DVD tem karaokê e acessórios para jogos virtuais

JOÃO LOBATO
colaboração para a Folha Online

Amados ou odiados, os karaokês dificilmente podem ser ignorados. Com vocalistas amadores sedentos por interpretar suas músicas favoritas, eles são diversão garantida para os seus partidários.

Para aqueles que querem explorar outros talentos --como dançar ou executar músicas no estilo do game Guitar Hero--, a Tectoy lançou o Dancemachine DVT-F800.
Com os recursos tradicionais de um DVD, esse aparelho vem com um tapete para jogos de dança, um joystick, um microfone, quatro games na memória e um CD de karaokê.

Nos jogos de dança, o usuário deve se posicionar sobre o tapete e pisar na setas indicadas na tela da TV para fazer com que um boneco virtual acompanhe a música.

Para tocar algum instrumento, basta conectar o joystick e escolher um jogo da memória.

É possível tocar bateria, guitarra ou teclado. Um ponto fraco é que, quando o jogador erra, a música continua normalmente. A sensação de tocar o instrumento virtual diminui.

Apesar disso, o Dancemachine, que custa R$ 254,15 no site www.casaevideo.com.br, promete boa diversão.

Tectoy faz parceria com a Qualcomm

JULIO WIZIACK
da Folha de S.Paulo

Desde que a Tec Toy virou Tectoy, há oito meses, os negócios ganharam novos rumos. Na última quinta-feira (27), a empresa deu um passo decisivo para reverter os prejuízos e se firmar como a única empresa brasileira de entretenimento digital atuando no exterior. Para isso, a Tectoy vendeu 42,5% da Tectoy of America, sediada nos EUA, para a americana Qualcomm Incorporated, um negócio de US$ 5,4 milhões.

A Tectoy of America foi aberta em meados de 2007, no Vale do Silício, região dos EUA onde ficam as mais importantes empresas de tecnologia, com o objetivo de lançar uma nova plataforma de entretenimento.

Batizado de "Jeanie", esse projeto encontrou na Qualcomm seu principal desenvolvedor tecnológico. Segundo Fernando Fischer, presidente da Tectoy, outras multinacionais foram consultadas, mas não deram crédito à invenção. "A Qualcomm conseguiu enxergar o potencial imediatamente", afirma Fischer.

A companhia americana é especializada em CDMA (Code Division Multiple Access) e outras tecnologias de comunicação sem fio, principalmente para aparelhos celulares.

A Folha apurou que o objetivo é lançar, no final de 2008, um brinquedo digital que conversará com as diversas tecnologias existentes atualmente. "Será um produto inovador", afirma Fischer, que não revelou informações do produto sob pena de pagar uma multa milionária à Qualcomm.

A Folha obteve as informações completas do projeto em um órgão internacional independente. "Estamos criando não só um produto mas uma nova plataforma tecnológica de diversão", diz André Faure, gerente-geral de marketing da Tectoy. "Esse produto será lançado primeiro no Brasil e, depois, na Ásia, Europa, América do Norte e América Latina."

Para sair do vermelho

O projeto "Jeanie" é a principal estratégia para reverter os prejuízos da companhia, a única com capital nacional a competir com gigantes como Sony, Microsoft e Nintendo.

Quando chegou à Tectoy, em maio de 2007, Fischer encontrou uma empresa com receita de cerca de R$ 45 milhões, consolidada em 2006, e prejuízos de R$ 3 milhões.

Segundo ele, o próximo balanço, que será publicado em duas semanas, ainda deverá exibir prejuízos, mas as receitas surpreenderão. "Especialmente as do quarto trimestre."

Com dinheiro em caixa, boa parte dele fruto da abertura de capital, a empresa construirá uma nova fábrica de 3.600 metros quadrados, em Manaus. A unidade será inaugurada entre junho e agosto deste ano e aumentará a capacidade de produção em 287%. "Passaremos de quatro para dez linhas de montagens", afirma Faure.

Nessa nova fábrica, serão produzidos os produtos com maior quantidade de tecnologia embarcada, como os equipamentos da linha "Jeanie".

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